O arco em cantaria e o teto são testemunhos do edifício do século XVIII. Aqui funcionou uma padaria, que se materializa em dois fornos que, na época, é provável que estivessem no exterior, mas que atualmente se encontram um na biblioteca (desativado) e outro no jardim (forma original). É possível que a padaria aqui existente tenha uma ligação ao sanatório que funcionou, em 1853, num prédio do morgado António Moniz de Aragão, número 10 da Rua do Castanheiro, demolido nos anos 80 e espaço integrante do Castanheiro Boutique Hotel.
Pelo seu clima, considerado adequado para tratamento de doenças pulmonares, a Madeira atraiu muitos estrangeiros, desenvolvendo no final do século XIX um “turismo terapêutico”, de estadia prolongada em quintas, que se transformaram em hotéis.
A criação de um sanatório deve-se ao pedido de D. Amélia de Leuchtenberg (viúva do Imperador D. Pedro I do Brasil) à Rainha D. Maria II de Portugal, sua enteada, porque a sua filha Maria Amélia morrera de tuberculose, na Madeira, em 1853, na Quinta das Angústias/ Quinta Vigia, com vinte e dois anos. Enquanto era construído o futuro hospício, inaugurado em 1862, o edifício da Rua do Castanheiro serviu de instalação provisória.